terça-feira, 7 de junho de 2016

Quando Danço

As minhas mãos seguiram a ondulação do meu braço e subiram. Subiram até alcançar as nuvens; até alcançar o céu. O meu peito desenha círculos que mais parecem espirais repletas de cor. O meu ventre revela as ondas do mar, bem calmas, na superfície. Oh, como é bela a melodia que ouço! Como é bela!
Infinitos movimentos nascem das minhas ancas, desvendando galáxias que existem no Universo. Que encanto sublime! Profundas nebulosas circulam à minha volta. Meteoros, planetas… Uma explosão de vida, de conhecimento e de existência! Sabedoria infinita percorre as minhas veias nesta troca de experiências e saberes.
A música que canta o Universo ressoa a plenitude que existe em mim. Cada movimento, cada ínfimo movimento revela as pétalas de rosas que existem no meu Ser. Cada movimento, cada ínfimo movimento demonstra a sintonia de cada raio de Sol com a luz e com a sombra que vivem em mim.
Giro e giro sem parar, embalada pelas profundas ondas dos oceanos. Maresias de encantos percorrem cada batida que faço, cada deslocação. A terra que piso vibra em cada olhar, em cada parte de mim.

Vês como danço? Vês como sou feliz? 

(Foto de Hélder Bernardo)