terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Empatia Consciente

Há pessoas que, já de si, nutrem de uma enorme capacidade de sentir empatia pelos outros. Sentem as alegrias e as tristezas dos outros, como se fossem suas. Riem, choram e enchem o coração de amor por eles. O que fazer? Sugiro, apenas, que estejas consciente das aprendizagens que podes retirar com essa tua sensibilidade. Porém, sempre com cuidado para não absorveres energias, sensações e sentimentos que não necessitas e que te farão sentir mal!
Desde que comecei a dançar, tenho tido o privilégio de poder partilhar esta arte com outras Mulheres. Tenho aprendido em termos técnicos e musicais. Mas, o mais especial tem sido conhecer outras Almas e permitir-me dançar com elas a música da Vida.
Uma bonita forma de melhorar a empatia quando dançamos com outras Mulheres é através de exercícios: podem ser exercícios de aquecimento ou de alongamento realizados a par; criar sequências coreográficas em conjunto; partilhar medos ou descobertas que a dança nos proporcionou.
Permite-te olhar para as Mulheres que dançam contigo sem rivalidade, sem necessidade de te comparares. Cada uma é um Ser magnífico e completo; cada uma tem cicatrizes de um passado; cada uma é bela da maneira que é. Permite-te levar esta consciência para o teu dia-a-dia e aplica-a a cada pessoa que se cruze contigo.

Gratidão, Liliana!


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Consciência dos Corpos

A dança acontece, fisicamente, através do nosso corpo. Ele é o veículo entre a nossa alma e o movimento que realiza. Tal como nos preocupamos quando adoecemos, em melhorar, a nossa conexão e respeito profundo pelo nosso Templo – o corpo –, é necessária para a nossa saúde física, emocional e vibracional.
Quando adoeces e tomas um medicamento para te sentires melhor, não estás a trabalhar na base do problema; apenas a camuflá-lo. Se sabemos que somos Seres Espirituais – e não apenas um corpo terreno – é fulcral educarmo-nos a cuidar do nosso corpo espiritual. Deixo-te um exercício muito simples para trabalhares a ligação entre o teu corpo físico e o teu corpo espiritual:

 Fecha os olhos e pensa, por momentos, como habitualmente caminhas na rua. Consegues lembrar-te? Avanças com passos apressados, interrompes a marcha várias vezes? E o que pensa a tua mente nesses momentos? Em como te deves despachar, a fim de não te atrasares para o trabalho? No que cozinhar para o jantar?
Consegues perceber que, num momento em que estás simplesmente a caminhar, estás completamente desligada de tudo o que se passa à tua volta, inclusive na totalidade do teu Ser! Desafio-te a, para a próxima vez em que estiveres a caminhar, na rua – seja qual for o motivo – te concentres na tua respiração e em como se move o teu corpo. Só isso! Posteriormente, vai sentindo o ar a tocar no teu rosto, o sol, a chuva. Olha o céu. Como te sentes? Mais tranquila e feliz? Mais presente?

 


Como vês, este pequeno exercício é suficiente para te ajudar a tornar-te mais consciente de ti e do teu corpo. Escreve-nos a contar como te sentiste, após o realizares. Qualquer questão, estou aqui!


Gratidão, Liliana! ☼ 

(Foto: Sofia Marinheiro)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Falhar

Todos nós adoramos fazer alguma coisa: seja dançar, escrever, praticar desporto. Todos nós sentimos que somos bons em algo, em algum momento da vida. Todos nós sentimos que temos um caminho a seguir. Mas e quando esse talento “falha”? Quando vivencias uma situação que te faz sentir que, afinal, não és bom a fazer aquilo que julgavas?
Nessa altura, vem a desilusão, a culpabilização e o sofrimento. Surgem os medos, a angústia de não entender o porquê, a vontade de desistir. E o que fazer com esses sentimentos? O que fazer com esse sentir que está dentro de ti e habita na tua Alma? Fugir não é o caminho; aliás, nunca o foi! É necessário olhar para dentro de ti; olhar para a ferida aberta no teu corpo, no teu coração; é necessário perdoar essa ferida e aprender a amá-la; é preciso aceitar que ela faz parte do teu caminho.
Senta-te, fecha os olhos e escuta; escuta o que diz o teu corpo. Escuta cada dor física, cada dor da Alma. Não tentes perceber nada. O objetivo não é esse! Aceita que essa experiência faz parte da tua vida, mas que não te define. Olha para ti com ternura, abraça-te, deixa fluir e perdoa-te. Não sintas que falhaste, porque não falhaste! Foi mais um passo que deste no caminho da tua evolução. Sê grata por isso!
Não te culpes por ainda não teres conseguido; não te culpes por ainda não ter chegado o momento. Não receies ter desiludido os teus mestres terrenos. Eles estão aqui também para te auxiliarem no caminho (e tu no deles!). Respeita o teu próprio tempo. Quando chegar o momento, vais sentir a tua essência novamente; vais voar na tua energia e ser feliz!

Gratidão! <3


Foto de Edgar Tavares