sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Noites Frias

Escrevo para expressar o que sente o meu coração, quando o meu olhar e as minhas palavras voam com o vento e ninguém os consegue ver. Escrevo para que a minha memória mostre a aprendizagem que a minha alma tanto teima em fazer. Observo a noite e o céu, onde mingua uma lua invisível ao olhar, porém luminosa para quem a quer ver.
Que sentimentos são estes que rasgam as minhas certezas com um simples sopro? Que sentir tão profundo. Quantas grutas é preciso descer, pergunto. Escuto e não ouço nada. Nem um som! Não me movo! Fico a observar o que me faz bloquear com medo. Observo-me ao longe, com o olhar a tentar ver no escuro. Um filme de outras eras passa à minha frente, em câmara lenta. Cada lembrança, cada cheiro, cada sentir. Um filme a preto e branco, numa língua que desconheço. Contudo, lembro-me de tudo o que está a ser dito! Revivo-o vezes sem conta, até estar pronta para o libertar.
Voa, sombra minha! Voa comigo! Vamos juntas em cada passo, para que a aprendizagem seja completa e o sentir  profundo, sim, porém puro e verdadeiro!