quarta-feira, 21 de junho de 2017

Vulnerabilidade

Sinto os meus ossos encolherem cada vez mais  e a minha pele abraçar cada pedaço de mim. Toda eu diminuo - tal como a lua, que sempre mingua! Tudo à minha volta parece grande demais, para aquilo que a minha compreensão pode alcançar: sou pequena outra vez! Vejo uma frágil menina presa num corpo de mulher. Esta menina não sabe quem é! Sente o escuro de tudo o que acontece à sua volta. Mas  não percebe o que vê. 
O seu corpo dói. O que quer que seja que ela faça, não alivia o que ela sente. Ela não sabe o que fazer! Não faz nada. Senta-se num canto, abraça os joelhos contra o peito, sentindo-se definhar. Ela sente-se sozinha. O mundo corre, veloz, à sua volta e ninguém a vê. O medo vem, vestindo o seu manto tão longo, como cada história que ele protagonizou. 
Ela chora. Chora até sentir as suas entranhas remexidas por mãos que não reconhece como suas. Ela chora e deixa-se ficar. Uma sensação incontrolável de vulnerabilidade passeia nas suas veias. Uma sensação de impotência e de incapacidade para fazer o que quer que seja para a tirar daquele beco. Medo? Medo do que não vê... medo do que não sabe... medo de deixar de acreditar... medo de algo bem mais profundo, que ela talvez não saiba o que é!
Ela ainda não sabe como confiar. Ninguém lhe ensinou. Ninguém. Ela terá que aprender sozinha, em cada passo que der. Ela vai aprender! E vai descobrir que, por detrás daquele longo manto de medo, existe um arco-íris infinito de possibilidades e de aprendizagens a fazer. E que, mesmo nos dias em que esta Mulher se sentir novamente criança e perdida, tudo pode acontecer!



Gratidão, Liliana! ☼

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Sim, Danço!

"Porque danço? Danço, porque os meus pés não se sabem deslocar de outra maneira. Danço, porque as minhas mãos ondulam quando sopra o vento. Danço, porque no meu peito vive uma melodia que não tem início nem fim! Danço, porque dessa melodia nascem sorrisos com flores de jasmim!
Quando danço, tudo me é revelado: quem eu sou; para onde devo ir. O Universo percorre as minhas veias e dançamos juntos; os meus olhos vislumbram a lua e mil pássaros rompem o céu com o seu voo. Flores de todas as cores brotam nos meus cabelos e eu danço! 
Danço o amor de que sou feita... Danço a dor que já senti! Danço a sensibilidade que arrepia a minha pele e a força com que desbravo o meu caminho! Danço a Terra que me alimenta; danço o ar que respiro; danço a beleza que vejo e o Sol que me ilumina!"


Gratidão, Liliana! ☼