Quem sou eu no meio desta neblina que me veste?
Quem sou eu, pergunto?
Palavras soltas e rimas por rimar?
Fios longos e brancos tecem as minhas memórias: ondulantes, leves.
Tenho medo! Medo de não ser capaz; medo de não conseguir. Flutuo nas águas pantanosas do que é escuro. Não há nada ali. Nada! Apenas eco. Um eco seco e sem cor.
Caminho e deixo para trás cada peso que carrego nas minhas costas. Peso que me faz curvar e fechar o coração. Não o quero para mim! Esteve aqui tempo de mais. Feriu-me com mestria. Ensinou-me. Aprendi. Agora liberto-me!